O ministro da Agricultura do Brasil esteve na Suíça para reunião na
OMC, em Genebra, e fez uma conferência em Zurique, aos membros da
Câmara Latino-Americana de Comércio na Suíça.
Eles falaram da próxima reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), em dezembro, em Hong Kong, mas também da possibilidade da Suíça importar biocombustível do Brasil.
"O restante terá de ser importado e poderia ser do Brasil, por
exemplo", afirmou a swissinfo Pierre Schaller, diretor da Alcosuisse,
uma autarquia ligada à administração federal, autora do projeto Etha+.
O etanol produzido na Suíça, mesmo para atender a apenas um-quarto da
demada, seria muito mais caro que o brasileiro mas daria um alento aos
agricultores suíços.
"Coloquei ao ministro Deiss a visão
brasileira do etanol. Pensamos que ele terá uma posição relevante por
causa dos preços e da diminuição de estoques de petróleo e da questão
ambiental", afirmou Roberto Rodrigues.
O assunto já fora
abordado entre ambos em Brasília, em 2003. Joseph Deiss respondeu que a
questão está em estudo na Suíça e que possivelmente terá uma boa
posição como consumidora, no futuro.
"De qualquer forma, nas
negociações em curso entre a União Européia e o Mercosul, está prevista
uma quota para etanol que promete ser interessante. Mas a Suíça é um
país que forma opinião perante o mundo, que tem grande precupação com a
questão ambiental, e eu penso que importanto biodiesel ou etanol do
Brasil daria uma importância para o produto a nível mundial", precisou
o ministro da Agricultura.
Em relação às conversas iniciadas em
Brasília com o ministro Deiss, Roberto Rodrigues constatou uma
"receptividade melhor, como em outros países", devido a questão
ambiental e aos preços do petróleo. "Acho que a Suíça também vai
caminhando para o biocombustível com mais firmeza", conclui o ministro
brasileiro.
Claudinê Gonçalves